Terá a baixa
de Faro solução?
A tertúlia farense voltou ao tema da agonia do centro da
cidade. Convidou um arquitecto que se espraiou em considerações de ordem
territorial e económica sem se atrever a dar-lhe qualquer enquadramento
político.
Há problemas e fala-se deles, sem se pretender alcançar
compromissos ou perceber o pensamento de quem cercou a baixa de problemas. Sem escalpelizar
o fundo das intenções e os seus autores, dificilmente poderemos encontrar
formas de os resolver. Até porque o último passo de imposição sem consulta de
um novo anel de cobrança coerciva do estacionamento, mostra como nada mudou na
perversidade partidária.
Sem rodeios, resolvi ouvir tão dilectos tertulianos e
intervir de forma tão contundente quanto a minha dor de farense. Como não tenho
ilusões em quem nos governa ou em quem aspira, coloquei a tónica deste trabalho
quase impossível em pôr ordem nas cabeças dos comerciantes. A chave dos
problemas está na sua capacidade de enfrentar quem os tramou.
As associações têm de mudar os parâmetros do seu papel na
sociedade. Têm de partir para as propostas, fazê-las valer e não ficar à espera
de respostas. Até porque, qualquer projecto, nas condições específicas da baixa
de Faro, dadas as chagas que têm de ser tratadas, ultrapassam os mandatos. O
poder não vos vai dar nada… se não o confrontarem.
Reuniões como a de ontem, o poder trá-las no bolso. Aliás, o
poder estava lá…
Luis Alexandre
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