30 de agosto de 2013



TA: sazonalidade foi criada por decretos mas não termina por decreto





Com quase duas décadas do somatório de entidades a materializarem o monstro da sazonalidade no conjunto da região, o ex-presidente do município mais maltratado do Algarve e agora arvorado apenas pelo seu partido a presidente da TA (continua o absurdo de uma eleição pelo somatório de capelas e não a escolha de um corpo profissional sujeito a planos e objectivos), quer ser o pai do paleio da inversão, colocando as responsabilidades do lado dos depauperados agentes de Turismo.

Os mais distraídos, julgarão estar aqui o homem e a máquina que vai operar o milagre sobre o pesadelo das contas e da organização em que se tornou o cada vez maior encurtamento do período de funcionamento da actividade turística, provocado pelo exagero da oferta e a abundante má qualidade dos meios oferecidos (segurança, locomoção, qualidade profissional, massificação urbanística, recuperação do património, comodidades e custos…), factores que a não serem revistos e conjugados, apenas se dão curtos passos, com a meta sempre a fugir. O Sol e praia arrastam números mas, o Inverno assenta noutros valores e pede mais, onde não duvidamos do eixo da nossa amenidade

O presidente do TA fala de rebuçados e escamoteia que não foram os agentes que assinaram todas as decisões que nos trouxeram ao desespero das contas e ao empobrecimento da região. E pela maneira como pegam o touro… dificilmente as bancadas sairão do leve sorriso…



Luís Alexandre   

25 de agosto de 2013

Pulido Valente à esquerda do P”C”P!





Na sua crónica de hoje, domingo, depois do seu escrito de sabujice pró-imperialista sobre o desastre popular da Síria publicado ontem, Vasco Pulido Valente (pseudónimo) diz, cimentado nas travessuras e na agonia da monarquia ao fascismo, entrando na falida democracia parlamentar burguesa, que a populaça não confia no regime e que o ajuste de contas está próximo!
Deixando para trás a candura do dito Bloco de Esquerda, que vive pendurado no sonho da reconversão do P”S”, o senhor Vasco, confesso direitista com serviços prestados ao regime, ultrapassa o discurso revisionista de Jerónimo e do falso partido comunista. Vasco vê as razões históricas de queixa do povo e o aproximar do ajuste de contas, ao contrário destas colectividades que abraçaram o parlamentarismo hipócrita e ali se colaram!
Pulido, dito Valente, não se procura redimir, apenas é conduzido pelos sinais do desastre dos seus pares que se atolaram em corrupção e inabilidade, factos que assinala se repetirem sem apelo.
Não será admiração para ninguém que a razão do Pulido ultrapasse a ortodoxia paralisante dos partidos do braço esquerdo da democracia parlamentar e do capitalismo.

Luís Alexandre

Primavera Árabe e Síria traídas!






A explosão social nos países do norte de África, apenas alguns anos atrás, tomaram de surpresa o banditismo capitalista internacional que suportava os tiranos sustentados pelos habituais artifícios dos jogos de financiamentos e elevados retornos.
Da Tunísia à Líbia e do Egipto à Síria, o traço comum das potências que dividem e exercem o controlo sobre o mundo, foi e é o de jogar com o tempo para perceber onde está a corrente principal, se na revolta ou nos aliados, para procurarem os realinhamentos.
A Tunísia e a Líbia ficaram entregues às convulsões de instalação de novos poderes, saíram da estampa internacional porque seguem os jogos intestinos de construção da obediência. A Tunísia, porque não tem nada para dar e a Líbia, porque requer mais cuidados e tem matéria-prima para pagar “as ajudas”.
Quanto ao Egipto, pela sua importância geoestratégica, a dita comunidade internacional deixa ao exército fascista o controlo a situação,porque o povo só tem que obedecer…
Na Síria, tal como no resto da Primavera Árabe, a podridão dos observadores internacionais só reage ao fim de dezenas de milhares de mortos e porque mais uma parte da população foi assassinada com armas químicas ilegais… como se as outras armas tivessem direitos…
Se a Rússia e a China fazem bloco de interesses e os EUA pisam terreno hostil, Hollande fala de excessos que fizeram soltar as palavras da Furher Merkel que se opõe a qualquer intervenção, mandando calar o “socialista”  francês…
Bashar Al-Assad nunca perdeu a fé mas, os povos árabes também não vão baixar a cabeça! Acreditem todos os hipócritas que mandam no tabuleiro internacional!

Luís Alexandre   

15 de agosto de 2013

“Feira do Livro” de Faro: não merecemos melhor?






Instalada a crise financeira… foi encontrado mais um pretexto para demonstrar como o poder não gosta de livros e ideias que lhe fogem ao controlo. A organização das ditas “Feiras do Livro”, que supostamente são mais descargos políticos de consciência… vem em degenerescência constatada e não estão à altura da dimensão da capital regional.

Lisboa faz a sua feira antes da debandada de férias e Faro insiste no projecto da confusão que se divide com os comes e bebes, pendendo a vitória para este lado, mais consonante com as brisas de férias.

Uma feira local, deveria ser também uma montra de livros e de autores que desse um mínimo de enfoque e dignidade aos autores regionais e aos que a cidade fabricou… o que, não se pode dizer seja a orientação da dita feira que não escondeu o ar achinelado da cultura no contexto da pobreza geral da actuação do executivo.

Na terminada feira, alguns autores recusaram-se a patrocinar a pobreza do espectáculo, que roçou alguma indignidade… aliás, notada entre sectores da população farense… passando a ideia de que só o executivo e a vereadora do pelouro é que olham para o umbigo…


Luís Alexandre

PS: Depois de publicado este texto, notícias trouxeram a lume que a Feira do Livro de Portimão, no ano passado, chamou à volta de 120 mil visitantes... e o executivo de Faro quer arriscar um número público sobre os seus eventos?

8 de agosto de 2013

Portos do Algarve comandados a partir de Sines





O recém-nomeado administrador-chefe da APS (Administração do Porto de Sines), um tal João Franco, fez declarações públicas de apoio ao controlo dos portos do Algarve (Faro e Portimão), que vão, finalmente, receber obras de desenvolvimento… pelos fins diferentes que desenvolvem.
Depois do ostracismo de anos, onde apenas se destacou a voz de Portimão em reivindicações, por razões de multiplicação de negócios e dividendos públicos e privados repartidos que o desembarque de turistas representa, com o planeado desaparecimento do IPTM, foi esta a solução silenciosa encontrada, de mais uma alfinetada na dependência da região.
O Algarve, que já não recebia reconhecimento em investimentos, também entrega o controlo das suas necessidades. Normalmente, nestas questões explicadas pela História, o que se propõem são remendos de pouco alcance e não uma acção assente em consulta e estudos que dêem dimensão de médio prazo. Aqui entra o silêncio de Faro, onde nunca existiu uma estratégia para a rentabilização do seu porto no contexto alargado da Ria Formosa, a quase todos os níveis e em particular os turísticos. João Franco, não mexeu em estratégia…
Se barcos de médio calado navegam na Ria para fins comerciais, possivelmente debaixo de critérios ambientais acautelados… também os cruzeiros de média dimensão poderiam fazer escala dentro do ecossistema lagunar, oferecendo uma vista diferenciada e a multiplicação de serviços e mais-valias.
Em Faro, pensar, ouvir e agir, nunca estiveram nos planos dos mandantes… e pensamos que estas decisões vão voltar a passar ao lado…

Luís Alexandre