O recém-nomeado administrador-chefe da APS (Administração do
Porto de Sines), um tal João Franco, fez declarações públicas de apoio ao
controlo dos portos do Algarve (Faro e Portimão), que vão, finalmente, receber
obras de desenvolvimento… pelos fins diferentes que desenvolvem.
Depois do ostracismo de anos, onde apenas se destacou a voz
de Portimão em reivindicações, por razões de multiplicação de negócios e
dividendos públicos e privados repartidos que o desembarque de turistas
representa, com o planeado desaparecimento do IPTM, foi esta a solução
silenciosa encontrada, de mais uma alfinetada na dependência da região.
O Algarve, que já não recebia reconhecimento em
investimentos, também entrega o controlo das suas necessidades. Normalmente,
nestas questões explicadas pela História, o que se propõem são remendos de
pouco alcance e não uma acção assente em consulta e estudos que dêem dimensão
de médio prazo. Aqui entra o silêncio de Faro, onde nunca existiu uma
estratégia para a rentabilização do seu porto no contexto alargado da Ria
Formosa, a quase todos os níveis e em particular os turísticos. João Franco,
não mexeu em estratégia…
Se barcos de médio calado navegam na Ria para fins
comerciais, possivelmente debaixo de critérios ambientais acautelados… também
os cruzeiros de média dimensão poderiam fazer escala dentro do ecossistema
lagunar, oferecendo uma vista diferenciada e a multiplicação de serviços e
mais-valias.
Em Faro, pensar, ouvir e agir, nunca estiveram nos planos dos
mandantes… e pensamos que estas decisões vão voltar a passar ao lado…
Luís Alexandre
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