26 de março de 2015

Faro: pela proposta de referendo se chega ao ridículo!

Texto publicado na edição de hoje do jornal "Barlavento":

Faro: pela proposta de referendo se chega ao ridículo!

Elevado a diferendo o que é um problema social alimentado pelos sucessivos poderes autárquicos dividos entre PSD/CDS e PS, estes, em plena pré-campanha eleitoral legislativa, resolveram fazer da desordem no único Parque de Campismo do concelho e situado na Praia de Faro, um problema de suposta divisão onde sempre estiveram unidos.
Se nenhum farense pode continuar indiferente à desordem social instalada naquele espaço público, em que se refugiou o desinvestimento público, também não podemos desprezar quem e porquê o consentiu! O Parque tinha regras que não foram cumpridas, em primeiro lugar pelo proprietário – a Câmara Municipal de Faro – que, na sua exclusiva responsabilidade criou a ocupação prolongada indevida que se transformou em residências permanentes e em claro abuso.
Com a negligência pública a transformar-se em problema social - a incapacidade de várias famílias poderem aceder a habitações condignas -, é de todo inaceitável que um executivo dirigido pelo ex-vice-presidente, depois de acordos assinados com os ocupantes por iniciativa do presidente Macário Correia, onde há um reconhecimento tácito do problema, possa vir defender em nome dos cidadãos a retoma indiscriminada do espaço, curiosamente sem a consulta que se propõe, para fazer um parque... de estacionamento, quando e mais paradoxalmente o anterior executivo foi o pai da ideia de um parque exterior não acabado e um meio de transporte deste para a ilha... ambos em falhanço quase absoluto...
Com a composição do actual executivo a não se entender e não porque tivessem problemas de consciência do monstro que criaram, porque as pessoas não apagam as estratégias dos partidos, antes pelo contrário... os farenses não devem cair neste logro de pura compita eleitoral, como nossos “donos” pela minoria de votos na percentagem do eleitorado, para decidirem de forma prepotente... ou pelo ridículo de um referendo... ficando a reparação das calçadas, dos buracos nas estradas e a pintura das zebras à espera do mesmo critério...
Como farense e tendo falado com muitos outros, o cenário teatral criado não nos deve retirar da exigência do essencial, que é o serviço público assumir as suas responsabilidades de realojamento do elo mais fraco, de nada servindo culpas contra pessoas que se excederam, mas não têm autoridade sobre as leis e regulamentos.
PSD/CDS, que já devem ter um concessionário em carteira, tal como PS, aliado à CDU, aparecem ao fim destes anos todos e por motivações diferentes, uns pela pressa da conjuntura favorável até às eleições e outros apenas pelo comboio dos votos, numa disputa em que a proposta de ocupação como parque de estacionamento de receitas não é uma contradição... quando aquele espaço público em critério rigoroso sobre a má experiência, deve ser totalmente restituído aos cidadãos do concelho, para seu usufruto em primeiro lugar e para receita da autarquia como acolhimento dos visitantes caravanistas e outros, ao longo do Inverno...


Luís Alexandre
Cidadão natural de Faro

25 de março de 2015

RIA FORMOSA: ILHÉUS INDIGNADOS E REVOLTADOS!

Retirado do Blogue "OLHÃO LIVRE":


RIA FORMOSA: ILHÉUS INDIGNADOS E REVOLTADOS!

O texto que se segue é da autoria de um nosso leitor e não merce qualquer outro comentario que não seja:

                                   A LUTA CONTINUA!
Hoje mais uma vez, e num curto espaço de tempo, senti vergonha deste Portugal, deste desgoverno. Hoje os ilhéus mostraram o sangue que lhes corre nas veias! Hoje as pessoas quiseram mostrar o seu descontentamento, quiseram apelar por ajuda e quem melhor para nos ajudar que o nosso presidente de câmara?! Afinal a ilha da Culatra e os respectivos núcleos pertencem a Faro e temos que tirar satisfações com quem nos governa... 
As pessoas reuniram-se todas à porta da Câmara Municipal, sentaram-se em modo de protesto e por volta da hora do almoço sacaram de marmitas e toalhas de mesa e toca de transformar o largo da Câmara num autentico quintal de ilha, isto tudo na esperança que alguém ouvisse a voz do povo e se dignasse a falar connosco e qual não é o espanto quando os “habitantes" do edifício camarário que nem ratos e copiando a atitude do nosso 1°ministro, na semana passada, começaram a abandonar o edifício pelas traseiras e lá no fundo iam-se ouvindo vozes que o Sr.Presidente não estava... Ora perante esta atitude,  cansados que ninguém dê a cara e a paciência a esgotar-se à medida que a data da sentença se aproxima, os animos exaltaram-se e o protesto passou a ser feito dentro do edifício... É de salientar que a maioria das pessoas presentes eram mulheres, no entanto o resultado foram 2 carrinhas de intervenção e três carros de Policia com 5 agentes cada um, também eles invadiram a escadaria do edifício e toca de empurrar homens, mulheres e idosos. À base da força e da intimidação colocaram todos na rua e isolaram um ilhéu, talvez por ser o mais conhecido, apanharam o Lezinho e durante cerca de 30 minutos fizeram-lhe um inquérito como se de um verdadeiro criminoso se tratasse! Cúmulo foi o posto transmitir a ordem para os agentes de Faro não pararem durante a hora do almoço e isto mesmo depois das pessoas estarem fora do edifício, portanto no meio de tanto policia fardado e à civil tínhamos ali uma media de 1 agente para cada dois ilhéus... Conclusão os criminosos de Faro hoje estiveram em grande! Conseguiram fazer todos os assaltos porque hoje os criminosos eram os ilhéus que apenas e só foram gritar por ajuda! 
O presidente acabou por aparecer por volta das 14:30 e recebeu um membro de cada núcleo (hangares, farol e culatra) dissemos-lhe que o que hoje se tinha passado ali seria uma ínfima parte do que poderá vir a acontecer se as maquinas chegarem à ilha, pois ninguém está a conseguir controlar ninguém e as pessoas estão em risco de perder as suas casas. Comprometeu-se connosco que irá fazer algo na tentativa de ajudar, ficámos todos reticentes e caso não o faça cobraremos cada palavra que nos disse, a ver vamos se foi só mais uma promessa no meio de muitas que já nos foram feitas desde que este processo começou...
Finalizo dizendo que hoje mostramos a nossa indignação, mostramos que temos o direito de ser ouvidos, mas todo este aparato policial foi desnecessário!! Não roubámos! Não Matámos! Apenas lutamos com as armas que temos na tentativa de salvar aquilo que é nosso e que os nossos país construíram com as próprias mãos!!! Hoje os ilhéus revoltaram-se e passaram a ser criminosos perante a lei, no entanto vos digo, começo a ter vergonha de ser portuguesa mas nunca terei vergonha de ser ilhéu!!! A luta continua!!!!

REVOLTEM-SE, PORRA!

24 de março de 2015

Reclamantes do BES: um Governo de pistoleiros!

Reclamantes do BES: um Governo de pistoleiros!

No farwest em que se tornou o país, com o Governo PSD/CDS a declarar que tem os cofres cheios dos assaltos em nome de uma dívida que o povo não contraiu e nem beneficiou, assistimos à coragem de milhares de roubados que compraram papel comercial sob a confiança por trás dos balcões. Os ladrões e os cúmplices sentam-se à mesa ao nível do parlamento, são polidos entre si, enquanto nas manifestações de rua e pedidos de soluções, os lesados não são ouvidos, como são aliciados em manobras sem consequências... para negarem o seu dinheiro!
Isto é um país de pistoleiros e não o país de todos os portugueses, porque todos somos forçados a trabalhar com os Bancos ... Até quando vamos andar com esta gente de bolsos cheios à nossa conta?


LA Março/2015

19 de março de 2015

Lista VIP na AT: mais um filho sem pai?

Lista VIP na AT: mais um filho sem pai?

Com o incontornável Passos Coelho a negar o que existe, o país segue esta novela da pornografia política onde chafurdamos. O que decidiram, mandou para o lixo dourado mais dois funcionários escolhidos, logo, encolhidos...
Chefe do Governo, ministra e secretário de Estado dormiram descansados, noticiou a imprensa, que não quer incomodar...


LA Março/2015

16 de março de 2015

A propósito do Governo que expulsou milhares de jovens qualificados e inventa remorsos


O Governo anuncia o VEM!

Se não és surdo foste embora
Que aqui não há lugar
VEM de novo sem demora
Que terás tempo de regressar.


Afinal vieste e se pensas em ficar
Olha que os tostões de agora
São a velha canção de embalar
No somatório esmagado de outrora.


E se o Governo por ti não chora
Porque nada tinha para te tirar
Agora vende-te uma nova aurora
Mesmo sabendo que não vais aceitar.


E o que perdeste para amar
Injusta mão da Pátria que te explora
VEM nem que seja para votar
Gesto em que o Governo te adora.



Alberto de Sousa
Março de 2015

14 de março de 2015

Texto publicado na edição de hoje no jornal Barlavento

Algarve: mais uma legislatura de zero soluções!

Com um parlamento, um Governo e um Presidente de direita às ordens da Troika e apostados em pagar uma dívida que não foi contraída pelo povo e que dela não beneficiou, o Algarve só não mergulhou numa crise mais profunda, porque não lhe podem roubar o Sol e praia e, como todos sabem, não sendo um activo alienável de receita gulosa imediata, os algarvios vivem (seria mais justo e sério dizer sobrevivem) do seu aluguer por um período de tempo cada vez mais curto.
Empurrados para a prisão de uma região terciária, onde as forças produtivas são residuais e até as da pesca não escapam à mortandade, uma fúria de décadas que alocou muitos milhões de subsídios voláteis, digamos que o Algarve foi apunhalado por sucessivos discursos eleitorais, na convicção dos que se fizeram eleger e funcionaram de cerviz curvada como porta-vozes dos interesses centrais de cada partido, sem excepções, constituindo os painéis de declarações sobre os problemas concretos da região a prova da sujeição, porque nunca bateram certos com os votos sentados e bem remunerados de apoio às decisões do centralismo do poder.
Falar da existência de uma estratégia para o Algarve é falar de saco roto, na medida em que ela nunca foi determinada de baixo para cima e a região foi sempre integrada em planos mais gerais da gestão do país pelos sucessivos Governos. As verbas orçamentais sempre foram exíguas e para cumprir calendário, as infra-estructuras levadas à exaustão, as queixas regionais colocadas na pilha dos papéis e, eventualmente, saltaria alguma por lotaria eleitoral, a visão de linhas de desenvolvimento e o planeamento uma miragem, quer para a acção pública ou privada, mas as estruturas humanas da nomenclatura e dos atropelos mantiveram-se bem recheadas, tanto de opulência como de vazio. Era o tempo em que o Sol chamou o delírio da sobre-construção e da corrupção, os corredores e os cofres públicos pululavam em festas, chegou aos PIN e acabou num grande pinote, com os contribuintes e a criação de riqueza a serem penalizados...
Esta parcela a sul que foi e é um pilar de divisas, que deu mais dimensão internacional ao país pelas suas amenidades turísticas e subiu ao patamar de região desenvolvida do espaço europeu (?!), um preciosismo que se revelou ainda mais prejudicial, porquanto saímos da orla dos grandes investimentos estruturais e o Governo não tem de canalizar verbas, funcionando apenas o mapa e os critérios enviesados e de má memória das velhas rúbricas de cada Ministério, em termos homólogos nos rácios de desenvolvimento, as condições da estrutura económica de sustento da população degradaram-se a todos os níveis, desde a desvalorização salarial ao conjunto dos factores que determinam a qualidade de vida, passando pela transferência e consequente diminuição dos dinheiros em circulação e a falta de perspectivas a qualquer prazo de que a situação seja compreendida, quanto mais invertida.
É neste quadro que devemos julgar os deputados e as sedes que nos pediram os votos, quando assistimos de novo ao estilo de salvar a pele, havendo entre os últimos eleitos quem se arvore a raiz de algumas promessas que vão chegando...
Pobre Algarve que tarda em dar um pontapé na coisa...


Luís Alexandre
Presidente da ACOSAL
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