5 de maio de 2012

O país sob ordens...



Para onde nos leva este Governo?


Ainda com menos de um ano de vida, o Governo PSD/CDS não defraudou os interesses que representa. Certo da missão que lhe incumbiram, endireitar as finanças do país em favor dos credores e do reforço do capital interno, com medidas punitivas e recessivas, o que vinha torto só poderia piorar.
O desemprego e as falências não páram, tal como a quebra dos rendimentos das famílias e por consequência a quebra das receitas do Estado. Mesmo nestas circunstâncias, que diminui a liquidez do mercado, o Governo diz-se fiel ao acordo da Troika, que foi elaborado num período de raciocínios fundamentalistas da UE, onde a senhora Merkel e o adjunto Sarkozy apenas queriam recuperar os cofres dos seus Bancos e a estabilidade da moeda que lhes serve de almofada.
Com a aparente mudança do discurso em França e a pressão que emerge do fundo das massas populares que não suportam a dimensão da crise do sistema capitalista e ganham uma crescente consciência de que não é da sua responsabilidade, os próximos tempos dos Governos da burguesia europeia são de evitar a ruptura total do tecido económico e financeiro. Os políticos puseram-se em sentido, fundamentalmente pela sua incapacidade.
Em Portugal, país sem voto em qualquer matéria e que foi aprisionado pela dívida contraída de forma fraudulenta, o actual Governo governa para essa mesma dívida, continua a negar o investimento público, persegue as empresas e as famílias, promete o que não sabe, tem os números da execução governamental em descontrolo, celebrou um Contrato Social falsamente para “o emprego e crescimento”, que um dos subscritores - a UGT-, já não suporta como acto consciente de traição, sobretudo quando as forças que lhe são próximas na Europa, supostamente querem impor mudanças.
Com a madrinha da dívida de Portugal, a senhora Merkel, conselheira de Sócrates e de Passos Coelho a não querer ficar isolada, com o novo presidente de França a querer mostrar serviço, a Espanha em queda livre e a Grécia em permanente protesto, faltando saber que desenvolvimentos noutros países, os agentes da especulação internacional e que acumulam os dinheiros roubados às economias dos países, poderão ter de recuar na dimensão do roubo que vêm praticando.
Com o sistema capitalista em análise de reconversão para evitar a revolta contra os seus processos, o Governo de Portugal ainda persiste no discurso de empobrecimento em nome da honra - continua a declarar solenemente o segundo Portas -, sabendo o rumo de consequências imprevisíveis que o país está a levar.
O que facilmente podemos concluir é que o Governo do PSD/CDS não tem estratégia de crescimento, não tem solvência e como não serve os interesses dos portugueses e a independência do país, também não tem futuro. Mais tarde ou mais cedo o povo português vai esmaga-lo!

Luis Alexandre 


Sem comentários:

Enviar um comentário