O que serve para Seguro e o PS, não serve para os trabalhadores e o povo!
Segundo o directório que conduz actualmente a estratégia do Partido dito socialista, a oposição violenta…mas construtiva
que este partido oportunista tem levado a cabo contra as medidas
terroristas e fascistas que os traidores Passos e Portas têm imposto aos
trabalhadores e ao povo português – esquece-se é de mencionar, que o PS
as subscreveu solidariamente com o PSD e o CDS ao assinar o Memorando
da traição com a tróica germano-imperialista – começa a dar os seus
frutos.
Estes oportunistas congratulam-se com o facto de terem chamado à razão
os partidos traidores que neste momento compõem o governo – PSD e CDS –
e, com o beneplácito da sua abstenção, terem feito passar uma adenda,
que será discutida na especialidade, no âmbito do Documento de Estratégia Orçamental (DEO), adenda que classificam de essencial para, em alternativa a mais austeridade,
os povos da Europa a braços com programas de estabilização financeira,
poderem vislumbrar alguma luz ao fundo do túnel e terem alguma
perspectiva de crescimento e desenvolvimento que lhes alivie os efeitos dessa austeridade.
Numa encenação do tipo ora agora finges tu, ora agora finjo eu, vamos lá a rodar e nada mudar!, assistimos à oposição do PS à Lei do Orçamento Geral do Estado para 2012 que se traduziu numa violenta abstenção. Na volta, PSD e CDS pagam o carinho manifestado pelos seus parceiros de assinatura de memorando com a tróica com a já algum tempo anunciada abstenção – muito pacífica, porque será? – à proposta de acto adicional ao DEO, que Seguro, seguindo as pegadas de Hollande e de outras eminências pardas
do que há de mais oportunista na corrente social-democrata europeia e
mundial, afirma ser a panaceia para toda a crise das dívidas soberanas
que neste momento assola vários países europeus e, em particular, os
trabalhadores e o povo português.
O que Seguro e os seus pares escamoteiam é que a aprovação, ontem, na assembleia da República, desta adenda, deste acto adicional para o crescimento, apenas com os votos do PS, tendo em conta que são os próprios promotores desta alteração radical
da política alemã a revelar que o estímulo ao crescimento só poderá
ocorrer nos países pouco endividados, em nada alterará os pressupostos
do pacto orçamental e do DEO
aplicáveis a Portugal, isto é, em nada alterará o facto de as medidas
terroristas e fascistas que integram esse documento, por promoverem a
recessão e o desemprego, não poderem, em simultâneo, serem os parteiros
do desenvolvimento, do crescimento e do emprego.
Não
há que ter ilusões. É vital isolar os pontos de vista e as manobras
oportunistas de Seguro e do PS. É necessário não nos desviarmos, um
milímetro que seja, da luta pelo derrube deste governo, para assegurar o
repúdio de uma dívida que não foi contraída pelo povo, nem foi
contraída para seu benefício, para assegurar a constituição de um
governo que congregue uma ampla frente de camadas populares, de
esquerda, que ponha em prática um programa democrático e patriótico.
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