27 de maio de 2012

A política de fome alimentada pela caridade



Um Banco contra a fome? E porque não um Banco contra a política de fome?


Sem querermos tirar o primor da iniciativa e a total razão da sua existência, o Banco Alimentar contra a Fome está outra vez na rua, arregimentando milhares de voluntários, capitaneados por Isabel Jonet.
As iniciativas, de carácter humanitário, para socorrer as centenas de milhares de situações limite e que se revelam insuficientes, fazem-nos pensar porque atacamos o problema pela superficialidade e não a fundo, percebendo a sua razão, para cortar o mal pela raiz.
Um Governo miserável, que prometeu uma coisa e está a fazer outra para pagar uma dívida igualmente miserável, contraída pela condução fraudulenta da economia e finanças do país, lança no desemprego quase tantos cidadãos como os que já tínhamos desempregados (o número real andará num milhão e duzentos mil), rouba salários e subsídios, arruina empresas e lança camadas importantes da população na pobreza, é que deveria ser alvo de uma mobilização contra a fome que semeia.
Muito trabalho terão estes voluntários na próxima década e seguintes, porque o capitalismo e a sua globalização nunca darão tréguas. Se estes voluntários ousassem pensar… que precisamos mais do que sacos de comida, certamente já teríamos partido contra a fome em definitivo. Alimente esta ideia!

FaroActivo
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