Seguro e a família política embarcam na onda Hollande
Com a vitória de Hollande nas eleições francesas, os ditos
socialistas portugueses, que não são imitados em mais partes da Europa,
entraram em verdadeiro parafuso, tomaram a vitória como sua e resolveram atacar
em várias frentes.
António Seguro subiu o tom contra os amigos do Governo e
fez-lhes um renovado pedido para a tal proposta de adenda ao Tratado Europeu.
Querem acrescentar um compromisso para o investimento e o emprego, ao mesmo
tempo que defendem o que os seus Governos não cumpriram, o respeito pelo limite
do deficit.
Nesta volúptia de vitória de outros, lá longe em França e
quando o cenário que vem de tão longe é de profundas incertezas internas, da
dívida ao desemprego, o velho Mário Soares, qual ensombramento do P”S”, decidiu
abrir de novo o saco e incendiar as hostes da sua área e dizer-lhes que nas
actuais condições (não explicou quais e porque mudaram desde a assinatura de
Sócrates, a não ser o temor pelo descontentamento e a previsível explosão
social), que o dito partido socialista não tem já quaisquer razões para se
manter agarrado à assinatura do memorando da Troika.
Para reavivar as memórias, foi o mesmo Mário Soares que
chamou e guiou o FMI na sua governação
no princípio dos anos oitenta, com congelamentos de salários, uma inflacção
despudorada, juros bancários usurários e subida de impostos. Tudo em nome da
Nação e em favor de outra dívida que nos foi imputada.
No actual contexto político e social, nunca se ouviram estas
vozes “socialistas” a contestarem a dívida fraudulenta que os partidos do arco
do poder contraíram. Assinaram o memorando da Troika e agora imaginam o
Hollande como um elemento transformador… quando o pobre até já foi chamado a Berlim
depois de ouvir a patroa dizer que nada mudou…
FaroActivo
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