1 de maio de 2012

Onde começa a lei e acaba o Grupo Jerónimo Martins


Dumping como golpe de publicidade


As cenas que ocorreram hoje por todo o país, são bem a prova de como os grandes grupos económicos gozam com a lei e montam as suas campanhas sem qualquer controlo.
A campanha que uma cadeia de supermercados lançou sem recurso a publicidade universal para este dia 1º de Maio, para além de sujeitar os seus empregados a trabalho e situações de conflitualidade e desgaste, ainda provocou o consumo dos serviços policiais sem custos para os problemas que organizou.
Partindo de um grupo da dimensão da Jerónimo Martins, nada foi montado ao acaso. Foi uma jornada de publicidade gratuita em exclusividade, gastando não só os meios públicos para os problemas que criou como arrastou tudo o que é imprensa para as suas lojas.
Amanhã sai o comunicado angelical da companhia, a respectiva associação (APED) intervirá em socorro se necessário, porque a situação tem vários ângulos de infracções que podem e deviam ser accionados.
Por antecipação ninguém agiu e os factos estão consumados. Vamos ouvir o silêncio das associações do pequeno e médio comércio, que repetirão os habituais coros de lamentações.
O “Pingo Doce” tornou-se o herói da crise, a populaça rejubilou e atropelou-se, deu produtos a metade do preço, faltando saber se os fornecedores estiveram no filme ou vão ser chamados à posteriori com as famosas notas de crédito surpresa.
Esvaziar lojas deu milhões que amanhã vão resolver problemas de tesouraria mas, as autoridades competentes têm de averiguar toda esta montagem e as suas consequências…
Fá-lo-ão? Duvidamos!

FaroActivo
faroactivo@gmail.com  

Sem comentários:

Enviar um comentário