ANMP: da cobertura do desperdício às ameaças
Com o desespero instalado nas finanças da grande maioria das
autarquias, com umas dezenas no completo sufoco, caso de Faro, a ANMP depois de
reunir a exigir uma linha de crédito ao Governo, como não obteve as respostas
satisfatórias, partiu para as ameaças.
Afirmar publicamente que vão fechar algumas Câmaras é, no
mínimo, ensaiar uma manobra de forma camuflada de greve, para consumo da
opinião pública, que, claro, não passa de bluff para chegar a algum consenso e
a melhores resultados para além daqueles que o Governo se comprometeu. Para a
ANMP, face ao desespero, vale tudo.
Quando as Câmaras viveram o boom da construção
indiscriminada e das receitas daí provenientes, por elas apadrinhado com
enormes cenários de abuso e de corrupção, a ANMP vivia de felicidade, não exercia
o papel dirigente regulador e até e supervisor, para evitar o ambiente de catástrofe
em que se enterraram os municípios portugueses.
A máquina da ANMP, controlada pelos partidos do bloco
central, em correspondência com o que se passava no terreno, foi apenas a
máquina trituradora dos municípios nas relações com os Governos, para a
protecção das gestões fraudulentas que minaram as economias locais com créditos
que totalizam mais 8 mil milhões.
Enquanto este monstro crescia, a ANMP não mexia uma palha.
Hoje, com a corda ao pescoço, volta-se para a chantagem e até se atreve a interpor
de forma abusiva, os serviços que devem prestar às populações.
Triste país que PSD, CDS e P”S” delapidaram e, pior que
tudo, sem pagar pela culpa.
FaroActivo
faroactivo@gmail.com
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