Macário Correia é parte do rosto
Sempre a surpreender, pela negativa, as camarilhas dos
executivos camarários do país, de uma maneira geral podres de falidos por culpa
própria, introduziram uma figura jurídica inédita, pelo menos do ponto de vista
da quantidade de apoiantes, sentar o Estado no banco dos réus.
A ANMP entende que está a ser roubada pela outra parte do
Estado, representado pelo Governo da República, porque pretende retirar uma
percentagem (5%) das receitas do IMI que deveriam entrar nos cofres das autarquias.
Sem nos querermos imiscuir nesta luta entre iguais (estão em
luta duas hienas do mesmo bando), o que sobressai neste movimento, são os
argumentos de que estão a ser vítimas de uma medida inconstitucional e injusta,
quando nunca emitiram uma palavra pela mesma condição dos seus munícipes,
espoliados de parte dos salários e subsídios que os empurram para as
dificuldades de sustentação e cumprimento das suas responsabilidades.
Dirão os distraídos que a sociedade sempre arrasta, que nada
tem a ver. Mas é mentira, na medida em que enquanto as famílias excedem os seus
orçamentos por necessidades variadas em favor da evolução dos seus membros, da
educação ao lazer, nos executivos camarários, as situações de ruptura criadas
resultam da incompetência da gestão do dinheiro público e da megalomania da
luta pelo poder.
A ANMP, que nunca travou a febre da dívida astronómica das
autarquias, aparece agora a reivindicar os fundos da República e entre os
desesperados aparece o inevitável Macário.
Qualquer coisa que se pareça com uma boia, é algo para
agarrar…
FaroActivo
faroactivo, @gmail.com
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