Que legitimidade para este Governo?
As circunstâncias históricas de acumulação das políticas de
desastre nacional, que timidamente alguns sectores europeus vêm reconhecer (?!)
foram erradas, criaram o actual contexto de dívida fraudulenta em favor dos interesses
internacionais, com o imperialismo alemão à cabeça.
Com a chegada da hora de reclamarem os dividendos, porque os
riscos de incobrança atingiram o limite, estes interesses que esvaziaram a
nossa economia e a puseram de joelhos, numa balança de deve e haver insustentável,
rapidamente criaram os meios externos de pressão e os internos para a saída de
cena do P”S”, para dar lugar, simultaneamente, ao pagamento e ao velho sonho da
direita clássica, de um presidente, um Governo e uma maioria. Só não contavam
com o bónus de atrelar o P”S”!
Para a engenharia estrangeira que fabricou a estratégia de
endividamento de Portugal, as condições políticas reunidas não podiam ser mais
favoráveis. Faltava a estratégia do pagamento da dívida ser associada à redução
dos custos do trabalho, da despesa pública com a população e a colocação no
mercado para exploração privada, o que resta dos activos de criação de riqueza
nacional.
Quando Passos e Portas iniciaram a sua campanha para
ludibriarem a população e chegar ao poder, tinham em mãos as ordens dos
credores. E o mesmo é válido para a derrota do P”S”.
A perda de soberania e todas as medidas aplicadas, de
fortalecimento do grande capital, do roubo dos salários e subsídios ao Código
do Trabalho, passando pelas falências fraudulentas e pelos despedimentos, tudo
foi acertado ao pormenor pelo novo Governo de traição nacional, o falso partido
socialista e as ordens externas.
A realidade que hoje vivemos em termos de estruturas do
poder, é que o Governo PSD/CDS propõe, a maioria parlamentar aprova, o P”S”
abstém-se, a dita esquerda que vende ilusões parlamentares faz a caramunha, o
presidente promulga e o povo que engula. Digamos que a burguesia construiu o
quadro perfeito.
Cavaco Silva vive na felicidade do cumprimento e da obediência,
ignora a mentira original atirada ao povo e não hesita em usar as prorrogativas
para que o Governo e o P”S” cumpram a missão.
Os trabalhadores, os desempregados, os reformados, os
pequenos e médios empresários e as famílias clamam, mas Cavaco Silva não ouve.
“Tudo o que está a ser feito é para bem do país, porque é preciso pôr as contas
públicas em ordem”, repete.
Nunca os campos estiveram tão demarcados. De um lado o povo
que não contraiu qualquer dívida em seu proveito e, no outro, todos os matizes
que nos governaram para a falência.
Portanto, Cavaco Silva como Presidente da República
reconhece legitimidade às políticas e nada fará contra o Governo que apoia.
Cabe ao povo tirar as suas ilações e organizar-se para a
acção. Cabe ao exército de trabalhadores, dos desempregados, jovens sem futuro,
homens e mulheres deste país, revoltarem-se conta a exploração desenfreada a
que nos querem sujeitar.
Luis Alexandre
Ja vi que este blog centra-se apenas no tema Política...
ResponderEliminarPara quem tem como tema Faro Activo, estava à espera de um blog em que se fala-se mais da nossa cidade... Que pelo menos desse luta a outros, como o ADF ou o Faro para a Coisa...
Até agora achei muito fraquinho...
A ver... Abraço
Caro anónimo
ResponderEliminarÉ claro que você já percebeu a filosofia deste blogue. Se estava à espera de sangue contra os outros blogues, enganou-se! Cada um faz o seu caminho e você sabe-o bem!
O FaroActivo se nasceu é porque tem um caminho próprio para percorrer. Os outros fazem os deles.
Você é anónimo, não tem ideias e está melhor nos outros blogues! Mas claro que até pode estar a usar uma máscara para se vitimizar e pretender confusão.
E até é capaz de escrever de que somos uns caceteiros... é velha a táctica!