Um país impedido de o ser
Novo golpe de Estado na Guiné-Bissau
De golpe em golpe, consolida-se a consciência mercenária que
domina a Guiné-Bissau.
Impedido de se organizar, o povo mártir da Guiné paga o
preço dos jogos internacionais das mafias que usam e abusam do território como
plataforma para as suas acções em África.
Com um milhão e meio de guineenses num vasto território com
profundos sinais de pobreza forçada, o poder político e as suas eleições são
farsas permanentes nas mãos de um corpo de Exército que tudo domina.
Portugal, como país ex-colonizador, porque não tem ali
interesses instalados nem de forma aparente a instalar, mantém uma embaixada e
relações de fachada, silenciando a exploração do povo e as camarilhas que se
degladiam, servindo até de guarda-costas dos seus caudilhos locais.
Desde a independência, que a força das armas fazem as leis e
estas penderam claramente para um regime fora-da-lei, com o beneplácito das
instituições internacionais.
O tráfico de drogas e de armas são a base da estrutura de
poder bélico e dos seus agentes, não havendo lugar a estratégias de
desenvolvimento económico e social.
A política externa de Portugal sempre calou esta situação e
o Portas da pasta está apenas preocupado, no momento, em proteger os
portugueses. Não podíamos ficar mais esclarecidos!
Quando este golpe estiver resolvido, com a novidade das
acusações de envolvimento da endinheirada Angola, que foi chamada como amiga, começa-se
a preparar o próximo. O povo que se lixe! A plataforma da Guiné-Bissau, afinal,
pode ser alugada por qualquer um que pague!
O que deduzimos e tem repercussões para o futuro, é que os
factores de instabilidade têm novos contornos, novos intervenientes e
interesses na sombra, a que Portugal não é alheio.
FaroActivo
faroactivo@gmail.com
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