Jornada de
defesa do SNS – 14 de Abril de 2012
Populações manifestam-se no Algarve em defesa
do direito à saúde.
EM CONJUNTO
DEFENDEMOS O SNS
As Comissões de Utentes da saúde
no Algarve, a União dos Sindicatos do Algarve, Sindicatos dos profissionais do
sector da saúde e Associações de Reformados, respondendo ao apelo lançado pelo
Movimento Unitário de Serviços Públicos – MUSP marcaram para os dias 13 e 14 de
Abril uma jornada de luta em defesa do Serviço Nacional de Saúde, em vários
pontos do Algarve.
A reorganização dos hospitais
prevendo a fusão e/ou encerramento de alguns serviços e mesmo de algumas
unidades, a reorganização dos Agrupamentos de Centros de Saúde que prevê uma
redução de 64 para 46,
o brutal aumento das taxas moderadoras, a redução dos apoios e as
limitações dos transportes de utentes, o preço dos medicamentos, a antiga e
justa exigência de construção de um novo Hospital Central para o Algarve, são
algumas das muitas razões que levam estas estruturas e movimentos a convergirem
manifestando o seu desagrado pela situação criada no SNS pelos últimos governos
do PS e do PSD/CDS, e pela politica que está em curso que ameaça colocar em
causa a acessibilidade dos algarvios à generalidade dos cuidados de saúde e a
equidade nesse acesso.
São já por demais evidentes as graves consequências das restrições no
acesso à saúde, as quais, conjugadas com a severa degradação da situação
económica e social dos trabalhadores e de vastas camadas da população,
vulnerabilizam de forma dramática a população em geral e a mais idosa em
particular.
No Algarve, segundo dados
financeiros da ARS Algarve, referentes a Janeiro de 2012, como resultado do
aumento do preço das taxas moderadoras e da falta de resposta, nestes últimos
meses registou-se uma quebra de 40% da população que recorreu às urgências dos
Centros de Saúde. Faltam médicos, enfermeiros e outros profissionais para acudir
às necessidades da população residente e ao fluxo que a região tem durante o
Verão de milhares de utentes ocasionais.
Apesar das promessas e até da
acção simbólica de lançamento da “primeira pedra" do novo Hospital Central do
Algarve, feita pelo anterior Governo, a sua construção não passou ainda das
intenções, quando já é assumido por todos que o actual hospital não tem
capacidade, nem meios para acolher todos os doentes que ali se deslocam, sendo
inaceitável que o actual protele o início da sua
construção.
A população do Algarve, uma das
mais fustigadas do país com o desemprego, a pobreza, os baixos salários e
pensões, recusa esta politica, consequência directa do pacto das Troikas, que
põe em causa o direito à saúde e exige que o Governo mantenha e
assuma a responsabilidade a que está obrigado pela Constituição da Republica
Portuguesa e cujo garante é o Serviço Nacional de Saúde.
Neste sentido, estão marcadas
concentrações nos seguintes locais:
Vila Real de Santo
António, dia 14 pelas 10
horas junto ao Centro de Saúde de V.R.S.A., organizado pela ARPI (Associação de
Reformados Pensionistas e Idosos) de V.R.S.A.;
Portimão, dia 13 pelas 10 horas junto do centro de
Saúde de Portimão, organizado pela Comissão de Utentes da Saúde de
Portimão;
Lagoa, dia 13 pelas 18 horas junto do centro de
Saúde de Lagoa, organizado pela Comissão de Utentes da Saúde de
lagoa;
Faro, dia 13 pelas 17:30 horas, junto ao Hospital
de faro, organizado pela Comissão de Utentes do Hospital de
Faro.
As mesmas entidades marcaram
para dia 14 distribuições e contactos com a população por todo Algarve junto dos
Centros de Saúde e Hospitais.
A Saúde é um
direito, não é um negócio!
Vamos
defender o SNS, única forma de garantir o acesso de todos os portugueses aos
cuidados de saúde.
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