A queda dos anjos
Mais um instrumento que deixaram voar para implodir... mas pode ter deixado marcas... ainda pouco visíveis
O futebol, quando o capital financeiro descobriu que ali
estava mais um filão de rendimentos e movia massas, nunca mais parou de se
associar e promover os seus homens de mão.
O Bartolomeu não foi o primeiro a implodir, nem o seu clube,
mas foi o que levantou mais problemas para além do seu quintal, ao ponto de
receber ajudas externas apenas para minorar os impactos que provocaria em
terceiros.
O futebol criou um conjunto de regras em redoma, até se auto
definiu com legislação desportiva (?!), separado da legislação pública, para vingar
uma suposta independência ou apenas para estrategicamente ganhar tempo nos
conflitos de interesses.
No momento em que preparam um alargamento sem razões fundamentadas,
um clube lança o pânico e arrasta as denúncias sobre o estado de falência de
outros emblemas.
Nesta confusão, salvam-se os maiorais do campeonato, falidos
até à medula, dirigidos pelo populismo associado à finança e ao poder político,
que têm ali um instrumento de trabalho partilhado.
Estes maiorais, indiferentes ao mau estado geral que os
rodeia e porque precisam dos actores menores para compor as suas vitórias, não
agem de cara descoberta mas precisam de manter as aparências. O circo não pode
cair, porque tem estatuto.
Os mesmos maiorais, até já fazem leituras do quadro das
potências que têm acumulação de capital e precisam de o lavar, perdão, soltar…
Ainda ninguém assumiu o caminho para o desastre, as novas
alianças sabem que o futebol é muito mais do que uma bola a rolar… e, basta
olhar para Espanha, Itália ou Inglaterra, para percebermos a força da
concentração de poderes que se desviaram para esta actividade desportiva, com
um rol cada vez maior de suspeição, do topo das suas instituições aos
diferentes intervenientes nos campeonatos…
FaroActivo
faroactivo@gmail.com
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