7 de junho de 2012

Mais estacionamentos na praia



Polis e Macário prosseguem o plano

De certeza que não é um parque de campismo que Macário quer para este espaço... e os farenses o que é que querem?
 
Uma medida aparentemente inofensiva e até do agrado dos veraneantes farenses ou outros, foi adoptada pelo executivo de Macário Correia. Trata-se de encostar à parede os ocupantes do que foi um parque de campismo e vedar-lhes os movimentos, através de uma medida popular - a de criar oferta de estacionamento -, no espaço onde se aquartelaram, com a conivência dos vários executivos.
Os pensadores do Polis Ria Formosa que têm uma estratégia de fundo e nunca esclarecida de expulsar injustamente os pescadores, preservar o condomínio privado ocupante e criar no cordão dunar e espaço interior da Ria polos de investimento privado, apresentados como projectos de desenvolvimento que não contestamos, em abstracto, mas carecem de projectos de impacto ambiental, na mesma proporção das medidas restrictivas defendidas pelas autoridades para os pescadores e mariscadores, estão por trás desta manobra.
Macário Correia, enquanto presidente da edilidade farense, é o elemento charneira da estratégia no espaço do concelho para a prossecução desta política que não tem conhecido desenvolvimentos, exactamente pela falta de consistência e aceitação por parte da população. Vai aos solavancos, a ver no que dá.
Não estará em causa a devoção de Macário Correia pelas intenções de fundo do Programa Polis, como falso moralista, e este passo de tentar cercar as pessoas que ocuparam o espaço do antigo parque e têm problemas de habitação de difícil solução por meios próprios, é mais uma forma de isolar as pessoas sem as ouvir e tentar resolver os problemas sociais que se colocam.
Se as visitas ocasionais se tornaram numa ocupação, ainda que se condene esta atitude, ela foi consentida pelo poder que não agiu em tempo próprio e preferiu contorná-lo pelos inconvenientes eleitorais. Nada de novo, porque foi sempre assim que os executivos agiram.
Com a chegada do Polis, tudo está a levar uma volta cujos parâmetros não estão dentro da sua própria propaganda – a renaturalização e a entrega do espaço natural à fruição das pessoas. Até pela estabelecida base financeira do Programa, que nunca suportaria esses custos…
Macário age não pela fruição dos farenses mas de um plano cujos horizontes de interesses ultrapassam a nossa imaginação… mas o tempo vai explicar…


Luis Alexandre

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