A luta da juventude contra o desemprego - Criatividade e mobilização, sim, mas para derrubar este governo!
Porque será que a uns autênticos patetas alegres que andam para aí a gritar a plenos pulmões para que os jovens se deixem de queixar e, em vez disso, façam qualquer coisa, assegurando que a palavra certa para a crise é criatividade, têm tido tanta notoriedade e tempo de antena, desde profusas intervenções no programa Prós e Prós (governo) de Fátima Campos Ferreira até entrevistas e reportagens em várias televisões, rádios e jornais?
A
resposta, óbvia, é que a burguesia, o poder capitalista, lhes atribuiu o
papel de desviar as atenções do sector mais jovem dos trabalhadores e
desempregados, faixa etária onde a taxa de desemprego atinge já valores
superiores a 36%, das verdadeiras e únicas causas da sua condição de
precariedade e desemprego.
O
seu papel, perfeitamente oportunista e de traição aos interesses dos
jovens trabalhadores e licenciados à procura do primeiro emprego ou,
pura e simplesmente, de trabalho - sector que se arrogam representar - é
o de atribuir aos próprios jovens a responsabilidade pela situação em
que se encontram, e não às políticas terroristas e fascistas que este
governo de traição PSD/CDS, a mando da tróica germano-imperialista que
ambos servem, tem vindo a aplicar e que, necessariamente, só tem
provocado mais destruição do nosso tecido produtivo, mais recessão,
maior índice de falências e, portanto, agravado contínua e
inevitavelmente o desemprego e a precariedade.
A palavra certa para a crise não é, pois, aquela que estes ridículos jovens senhores anunciam e que apontam para o empreendedorismo, as saídas individuais, de cada um ser empresário de si próprio. A saída,
de preferência assumida de forma criativa, como é timbre da
generosidade e disponibilidade da juventude intelectual e trabalhadora,
mas combativa e organizada, é o derrube deste governo
de serventuários dos interesses neocoloniais do imperialismo germânico,
é o de integrarem uma frente comum de todas as camadas populares, de
esquerda, que leve à constituição de um Governo Democrático Patriótico,
cuja primeira medida será a do repúdio de uma dívida que não foi
contraída pelo povo, nem foi contraída para seu benefício.
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