VIVA A GREVE GERAL DE 22 DE MARÇO!
Os
primeiros números relativos à greve indicam que se verificou uma enorme
adesão a nível nacional em vários sectores de actividade,
principalmente, no sector dos transportes, demonstrando mais uma vez a
grande combatividade que estes trabalhadores têm imprimido nas suas
lutas. Na CP, as últimas informações disponíveis mostram que muitos
serviços mínimos não estão a ser cumpridos, e a adesão à greve foi de
100%, os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa paralisaram
completamente a circulação, os barcos da Soflusa e da Transtejo ficaram
impedidos de atravessar o rio Tejo por causa da enorme adesão dos seus
trabalhadores. No Metro Sul do Tejo, das 25 composições só estavam a
circular cinco. No Porto, mais uma vez os trabalhadores dos STCP
paralisaram a 100%, visto que apenas na estação de Francos saíram
somente três autocarros que recolheram apressadamente, por terem sido
alvo de apedrejamentos e lançamento de ovos por parte de populares, e
os transportes municipais de Barreiro, Portalegre e Aveiro paralisaram a
100 % e em Coimbra a 65%.
... na recolha do lixo da Câmara Municipal de
Lisboa, onde o piquete de greve impediu durante horas a saída de vários
veículos – os que saíram, cerca de 30, tiveram de voltar à base,
porquanto os cantoneiros aderiram em massa à greve.
No
Metro de Lisboa, ... as primeiras horas de
paralisação, começaram com o corte de energia efectuado por
trabalhadores afectos ao SINDEM, fazendo com que a circulação parasse
completamente.
Nos
CTT,em Cabo Ruivo, onde se encontrava um grande piquete de greve, (só
30% das estações de correios estão em funcionamento), na Carris de Cabo
Ruivo e Musgueira, onde a polícia actuou reprimindo o respectivo
piquete, na TAP e no Hospital de Santa Maria (mais de uma dezena de hospitais encontra-se paralisado a 100%), em todos estes palcos da luta, ... constatou-se que os trabalhadores estão cientes de que é
necessário redobrar de intensidade a luta e reforçar a organização do
movimento operário, para contrariar as políticas terroristas deste
governo de traição nacional.
Fica
também demonstrado que a luta dos operários e dos trabalhadores em
geral precisa de colocar como seu objectivo político estratégico o
derrube do governo Coelho/Portas ao serviço dos ditames da Tróica e do
imperialismo germânico. E, ao mesmo tempo, impor a alternativa de um
governo de unidade democrático patriótico.
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