Mais uma manobra deste Governo em defesa do elitismo
Com a desculpa esfarrapada de que o aumento dos 30 euros nas
propinas é para ajudar os alunos mais carenciados, o Governo fascizante do
PSD/CDS leva à práctica mais uma medida de classe que visa desviar do ensino
universitário uma faixa importante das camadas de classe mais desfavorecidas.
Conhecidos os números do abandono universitário (mais de 7
mil depois da abertura do ano escolar) e daqueles que se atrasam por
necessidade de recorrer ao trabalho de subsistência, até com comportamentos
desviantes, o Governo não hesita na sua política de cortes para restaurar o
velho clima das minorias supostamente letradas.
Confrontado com um número aterrador de licenciados desempregados,
mais de 60 mil, e como os seus apelos de emigração não estão a funcionar, o
Governo reaccionário que nos dirige persiste em políticas de desmantelamento de
uma sociedade instruída que lhe faça frente e o ponha em causa.
O movimento estudantil e o colectivo de reitores já
balbuciaram alguma oposição, até agora de pura retórica, faltando os actos de
firmeza que travem tais propósitos que todos percebemos fazerem parte de planos
estratégicos de divisão de classes.
O movimento estudantil tarda em perceber o colete de forças
em que está a ser enredado e contraria tudo o que os governantes deste país
afirmaram como sendo valores de desenvolvimento e afirmação nacionais.
O movimento estudantil tem de ser capaz de fazer balanços e
entender que, ano após ano, à falta dos apoios socias, cortes nas bolsas,
aumentos dos serviços e propinas, falta de mercado de trabalho e desvalorização
dos seus currículos e salários, é necessário sair do mundo das ilusões para ousarem
procurar novas soluções e caminhos para o ensino e a sociedade.
O tempo urge e cuidado com as vendas partidárias do
espectro, que são uma cortina de interesses que vos comem as papas na cabeça!
FaroActivo
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