Agricultores contestam falta de respostas à seca
Com uma grave seca em curso no país, os agricultores repetem
as velhas queixas de falta de respostas atempadas que os deixam expostos aos
prejuízos. Mudam os Governos e os ministros da pasta da agricultura, mas não
mudam as práticas.
No Algarve, o cenário não foge ao protesto nacional e até é
apelidado de tragédia. Um Governo em posse desde o princípio do ano passado,
apercebeu-se da seca como os que a sofrem nos campos. Só tardiamente acionou os
mecanismos de recurso aos apoios da UE, os mesmos que são dirigidos aos
agricultores dos outros países membros.
A doutora Cristas, que fez ouvidos de mercadora sobre os
apelos vindos do sector que dirige, não vendo uma pinga de água para os pastos
e para as culturas, só em Março anunciou um dossier a levar junto da
Comunidade.
Tal dossier, que prevê ajudas para muito depois dos factos
arrasarem as economias dos atingidos, mostram a indiferença do Governo, a
incompetência da ministra e o papel subalterno que Portugal ocupa nas decisões
da Política Agrícola Comum (PAC).
A senhora ministra, conhecedora do descontentamento que
lavra neste sector que dirige, decidiu, contudo, vir cortar a fita de um
acontecimento aparentemente inofensivo, no Arena de Portimão e tem o pomposo
nome de “Feira Algarve Genuíno”.
Vamos adivinhar que discurso fará: “O Governo PSD/CDS não é
culpado da falta de chuva e nem da falta de dinheiro…”. A culpa é do Governo
anterior que devia prever todas estas situações. Nós tardámos em reagir, porque
esperávamos dia após dia que chovesse…, quando comprovámos que não chovia,
resolvemos falar com os afectados para percebermos o que pretendiam…”
FaroActivo
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