Os delírios imperiais da chancelerina Merkel!
As
declarações hoje proferidas pela nova führer Merkel, que considera que,
estando a “crise” da zona euro longe de chegar ao fim, tal leva a que
haja necessidade de todos os países membros – e não apenas o da chamada
“zona euro” – prosseguirem na imposição de medidas terroristas e
fascistas sobre os respectivos trabalhadores e povos durante, pelo
menos, mais cinco anos, fazem-nos compreender melhor o alcance das
declarações do banqueiro Fernando Ulrich de que o nosso povo, se chamado
a suportar mais “austeridade”, aguentaria a canga.
O
que a chancelerina Merkel deseja é prosseguir na utilização das
“dívidas soberanas” como instrumento de chantagem que leve os governos
traidores, entre os quais o de Coelho/Portas, dos países que constituem
os “elos mais fracos” do sistema capitalista na Europa, a implementarem,
para além do ano de 2013 como inicialmente previsto, as medidas
terroristas e fascistas que ela, através do FMI, do BCE e do directório
europeu que controla, tem vindo a ditar, de forma a que os juros que os
grandes grupos financeiros e bancários, sobretudo alemães, vão
saqueando, suguem todas as riquezas e activos dos países “resgatados”.
Os
juros que têm estado a ser cobrados sobre os “empréstimos” estão a
encher os bolsos a esses grandes grupos, ao mesmo tempo que o seu
pagamento tem levado os países alvo do “piedoso” programa de “resgate” a
ver a dívida e o deficit crescerem exponencialmente, assim como cresce,
à custa das “reformas estruturais” que querem implementar, a fome a
miséria, o desemprego e a precariedade, a dificultação do acesso de quem
trabalha e do povo à saúde, à educação e a diferentes prestações
sociais.
Ora,
o que faz salivar de gulodice o banqueiro Ulrich é o vislumbre, na
distribuição de valor que esse saque tem gerado, do quinhão que a si, e
ao banco a que preside, calhará. Não nos chocaria, mesmo, que a fantasia
de Ulrich o leve a considerar que o que seria mesmo ideal era perpetuar
este modelo. Já não surpreende, também, que, sabendo ele que quem está a
ser obrigado a pagar uma dívida que não contraiu, nem dela beneficiou -
precisamente para salvar o sistema bancário -, os trabalhadores e o
povo, acalente a fantasia de que estes aguentarão mais medidas
terroristas e fascistas, mais daquilo a que a burguesia designa,
eufemisticamente, de “austeridade”, mas que os democratas e patriotas
consideram ser um saque e um ataque ao povo e à nossa soberania
nacional.
A
Greve Geral do próximo dia 14 de Novembro, e todas as greves gerais ou
sectoriais que sejam necessárias, a unidade entre todas as camadas
populares, de esquerda, terão de demonstrar, e irão certamente fazê-lo, à
chancelerina Merkel que, se nem as poderosas divisões Panzer lograram
permitir que Hitler subjugasse e dominasse os povos europeus, não será o
emergente imperialismo germânico e os seus instrumentos de chantagem
económica, aliados aos governos de traição que se sujeitam a aplicar as
medidas ditadas por ela, que o conseguirão.
Os
trabalhadores e o povo português, unidos aos trabalhadores e aos povos
europeus, que sofrem as consequências do mesmo modelo que o FMI, o BCE e
o directório europeu, dominados e ao serviço dos apetites do
imperialismo germânico, impõe a ferro e fogo, saberão dar a resposta
adequada, organizar-se e mobilizar-se para as lutas que levem ao derrube
deste governo de traidores Coelho e Portas.
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