João Jardim tremeu
O quê? O homem teve 49,5% de votos? E eu quanto tive?
Ao fim de quase quatro décadas de mão suja e dura no comando
do PSD regional e do Governo da Madeira, o soba Jardim foi estrondosamente
posto em causa na sua liderança. E ele percebeu-o.
Julgando-se eterno e apto para continuar a manobrar acusou o
toque do diferencial de um por cento na disputa que pela primeira vez alguém
ousou levar por diante.
Mas, nestes factos e números, o que importa analisar é o
significado do que Jardim terá tomado como uma afronta, desabafando que o
partido está dividido e não reconhecendo que é a sua direcção e estilo que
foram postos em causa.
Albuquerque partiu na diferença de estilo porque representa
um novo sector de opinião que entende que o jardinismo está consumido e não
reune as condições que os interesses representados no PSD exigem para os tempos
futuros.
Com 49% dos militantes que não se revêem, Alberto João não
vai ter vida fácil na gestão do Governo. A dívida contraída e os processos
menos claros que implementou feriram uma camada importante da organização que
não lhe perdoa as consequências descarregadas sobre as vidas dos madeirenses.
Albuquerque, presidente da Câmara do Funchal, chumbou as
teorias sucessórias que Jardim tinha imaginado e só possíveis a reis e sobas.
As próximas eleições regionais vão ter registos diferentes e
o candidato poderá ter um novo nome.
FaroActivo
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