6 de novembro de 2012

As hortas comunitárias e o que sugerem




A crise esmaga e o povo responde



Com o empurrar para cima do povo de uma extensa e prolongada crise financeira de todo o sistema capitalista, este sistema macrocéfalo sustentado numa grande capacidade financeira e que corrompe os preços de mercado, é ultrapassado pela capacidade de trabalho de pigmeus que abraçaram o novo dispositivo de sobrevivência chamado de hortas comunitárias.
Face à pressão social e à fome que atinge muitas famílias, algumas autarquias aderiram ao conceito de disponibilizar terrenos públicos rateados para produção exclusivamente para consumo próprio.
E o processo ganhou adeptos, com resultados substanciais que convém reconhecer, deixam-nos lições para a organização até do próprio Estado!
Se as famílias e vizinhos conseguem usufruir dos resultados da exploração de pequenas parcelas, porque razão um país inteiro e subsidiado com fundos europeus e nacionais para a agricultura, não consegue dar respostas e até se endivida?
Afinal o que falha na gestão colectiva quando um produtivo consegue sustentar a família e criar excedentes?
É o sistema corrupto de organização das necessidades que funciona, mesmo nesta democracia parlamentar burguesa, para gerar lucros em proveitos restrictos em detrimento da satisfação objectiva e exclusiva da sociedade.
A sociedade de consumo de que nos chegam notícias do desperdício em contraste com a fome, pôe a nu todo o oprtunismo do sistema capitalista que nos domina pelo lucro e marca a distância entre a minoria que concentra e especula e a maioria que não percebe porque tem de pagar os jogos de poder.
Precisamos de voltar aos princípios que norteiam a horta!

FaroActivo
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