A crise esmaga e o povo responde
Com o empurrar para cima do povo de uma extensa e prolongada
crise financeira de todo o sistema capitalista, este sistema macrocéfalo
sustentado numa grande capacidade financeira e que corrompe os preços de
mercado, é ultrapassado pela capacidade de trabalho de pigmeus que abraçaram o
novo dispositivo de sobrevivência chamado de hortas comunitárias.
Face à pressão social e à fome que atinge muitas famílias,
algumas autarquias aderiram ao conceito de disponibilizar terrenos públicos
rateados para produção exclusivamente para consumo próprio.
E o processo ganhou adeptos, com resultados substanciais que
convém reconhecer, deixam-nos lições para a organização até do próprio Estado!
Se as famílias e vizinhos conseguem usufruir dos resultados
da exploração de pequenas parcelas, porque razão um país inteiro e subsidiado
com fundos europeus e nacionais para a agricultura, não consegue dar respostas
e até se endivida?
Afinal o que falha na gestão colectiva quando um produtivo
consegue sustentar a família e criar excedentes?
É o sistema corrupto de organização das necessidades que
funciona, mesmo nesta democracia parlamentar burguesa, para gerar lucros em
proveitos restrictos em detrimento da satisfação objectiva e exclusiva da
sociedade.
A sociedade de consumo de que nos chegam notícias do
desperdício em contraste com a fome, pôe a nu todo o oprtunismo do sistema
capitalista que nos domina pelo lucro e marca a distância entre a minoria que
concentra e especula e a maioria que não percebe porque tem de pagar os jogos
de poder.
Precisamos de voltar aos princípios que norteiam a horta!
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