O falso partido socialista é um claro tapete
A complexa situação económica e financeira do país, no
limiar da falência porque a economia interna não produz receita e ela tem de
vir dos empréstimos de fora, tem produzido uma enorme diversidade de
declarações políticas que vão da confusão à subserviência e da cumplicidade aos
jogos da aproximação.
Do braço esquerdo ao braço direito do capitalismo que ocupa
o espaço político parlamentar e com o lodo bem perto por via da elevada revolta
popular, todos os partidos, nas suas diferentes estratégias de poder, pretendem
contar com o partido último responsável pela profundidade da dívida e encargos
que são imputados ao país.
A maioria governamental clama que o P”S” se junte às
responsabilidades de levar por diante as exigências do memorando da Troika que
subscreveu e que ajude a mudar a Constituição para reformas profundas do Estado,
no interesse do capitalismo e do seu maior ataque aos interesses do trabalho, o
Bloco dito de Esquerda, como prova de vida, diz que o partido de Seguro tem de
resolver a sua esquizofrenia (?!) e, o P”C”P,
como a grande esquerda afinal não funciona , diz com rancor que o P”S” espera
que poder lhe caia no colo.
Claro que o falso partido socialista e a sua longa corte de
interesses e interessados joga na morte lenta do Governo e com o olho nas
sondagens, na perspectiva de voltar a ocupar sózinho o aparelho de Estado.
Para o P”S”, as dificuldades do povo português, que aliás
têm a sua completa envolvência e uma proposta de fórmula futura de austeridade
suavizada porque não pode pôr em causa o contributo para a dívida e os juros
fraudulentos, são apenas um trampolim para chegar ao poder.
Com o povo a reclamar e a tomar a iniciativa em maior volume
de protesto, aqueles que se dizem de esquerda querem confinar o debate aos
cantos do parlamento e de alianças ilusórias.
Só a luta do povo nas ruas e em todos os locais de trabalho
pode impôr uma frente das forças democráticas e patrióticas que ponham fim à
venda, humilhação e empobrecimento do país.
O falso partido socialista vive dias felizes... julgando que
não há memória nem inteligência...
Luis Alexandre
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