8 de julho de 2012

O caso Macário...


Um manjar político chamado Macário 

Presunção cada um toma a que quer... e, rapidamente, tal figurino foi hostilizando a consciência da cidade...
 

Quando Macário Correia foi chamado para a corrida eleitoral, já carregava o fardo das acusações que agora estão na praça pública. O seu partido, como um dos manipuladores da sociedade, não esperaria uma tal afronta dos Tribunais.
Macário Correia, como sempre dissemos, é uma peça incontornável da descaracterização e venda a retalho da região, o que nos trouxe à grave crise que vivemos dentro da crise mais geral do país.
Como região turística de excelência e capacidades para sobreviver a crises, as marteladas do cimento, as pinceladas da destruição da paisagem e o aliciamento do poder económico tiveram sempre a bênção dos organismos e figuras políticas da região, com destaque nos últimos anos para a figura de Macário Correia.
Quando se acercou da candidatura à Câmara de Faro, fê-lo no espírito de cereja em cima do bolo e recheado do chantilly de algumas figuras de Faro que o carregaram como salvador. Todos os que o pintaram de ouro devem sentir-se perdedores como ele.
O PSD local e o regional, que conheciam os factores de apodrecimento do show busy de Apolinário e do P”S” e o desespero das contas da autarquia, não hesitaram, e nem o cavalheiro, a montar a sua própria farsa. Tomar a capital ainda é um factor de vanguarda.
Mas o PSD foi traído pela incapacidade de Macário dar a volta e que cedo se incompatibilizou com a cidade e criou a fraqueza deste ataque pelos flancos. A disputa a dois pela concelhia e a ferocidade dos ataques que não sabemos se ganharam forma jurídica, já foram um prenúncio da confusão na caserna.
Se os tempos aclararam a liderança partidária, a penumbra dominava o barómetro das escolhas autárquicas e o futuro de qualquer vitória estava mergulhado na completa escuridão. O PSD e a sua coligação autárquica não conseguem contabilizar os prejuízos. E se somarmos o desprezo generalizado pelo Governo central, tudo fica bem pior.
E como nestes momentos o outro parceiro de más governações tem as garras de abutre afiadas, aí está na praça o novo cabo de esquadra a suspirar pela reconquista do poder, naquele exercício do rotativismo miserável que a nossa própria História já esmagou…
Como o quadro existente não condena a qualquer antecipação, a cidade vive um velório continuado da miséria política que foi capaz de criar…
No próximo ano voltaremos a estar condenados em qualquer cenário…
Pobre Faro!

Luis Alexandre



  

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