Um manjar político chamado Macário
Presunção cada um toma a que quer... e, rapidamente, tal figurino foi hostilizando a consciência da cidade...
Quando Macário Correia foi chamado para a corrida eleitoral,
já carregava o fardo das acusações que agora estão na praça pública. O seu
partido, como um dos manipuladores da sociedade, não esperaria uma tal afronta
dos Tribunais.
Macário Correia, como sempre dissemos, é uma peça
incontornável da descaracterização e venda a retalho da região, o que nos
trouxe à grave crise que vivemos dentro da crise mais geral do país.
Como região turística de excelência e capacidades para
sobreviver a crises, as marteladas do cimento, as pinceladas da destruição da
paisagem e o aliciamento do poder económico tiveram sempre a bênção dos
organismos e figuras políticas da região, com destaque nos últimos anos para a
figura de Macário Correia.
Quando se acercou da candidatura à Câmara de Faro, fê-lo no
espírito de cereja em cima do bolo e recheado do chantilly de algumas figuras
de Faro que o carregaram como salvador. Todos os que o pintaram de ouro devem
sentir-se perdedores como ele.
O PSD local e o regional, que conheciam os factores de
apodrecimento do show busy de Apolinário e do P”S” e o desespero das contas da
autarquia, não hesitaram, e nem o cavalheiro, a montar a sua própria farsa.
Tomar a capital ainda é um factor de vanguarda.
Mas o PSD foi traído pela incapacidade de Macário dar a
volta e que cedo se incompatibilizou com a cidade e criou a fraqueza deste
ataque pelos flancos. A disputa a dois pela concelhia e a ferocidade dos
ataques que não sabemos se ganharam forma jurídica, já foram um prenúncio da
confusão na caserna.
Se os tempos aclararam a liderança partidária, a penumbra
dominava o barómetro das escolhas autárquicas e o futuro de qualquer vitória
estava mergulhado na completa escuridão. O PSD e a sua coligação autárquica não
conseguem contabilizar os prejuízos. E se somarmos o desprezo generalizado pelo
Governo central, tudo fica bem pior.
E como nestes momentos o outro parceiro de más governações
tem as garras de abutre afiadas, aí está na praça o novo cabo de esquadra a suspirar
pela reconquista do poder, naquele exercício do rotativismo miserável que a
nossa própria História já esmagou…
Como o quadro existente não condena a qualquer antecipação,
a cidade vive um velório continuado da miséria política que foi capaz de criar…
No próximo ano voltaremos a estar condenados em qualquer
cenário…
Pobre Faro!
Luis Alexandre
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