Macário de malas à porta
Com a saída de Macário, que para
os farenses até pode levar a cadeira onde se quer arrastar por mais três meses,
o que convém tirar como primeira lição, é que o PSD perdeu a face.
Como sempre escrevemos, quando
Macário Correia foi apresentado como o salvador de Faro, este já carregava as
acusações, jogando a máquina do partido na capacidade de influenciar a Justiça,
que lhe lavou as feridas em primeira instância para as ver abertas nos passos
seguintes. São vários os livros em que se move a dita Justiça, como eram
absurdas e desonestas as cábulas das violações dos instrumentos legais de
ordenamento do território.
Macário perdeu, argumentando
inocência. O PSD perdeu ao propô-lo e ao arrastar o folhetim, iludindo a
opinião pública de que a inocência poderia estar por trás de uma parede de
gabinete e não na lei, assim como perderam todos aqueles que o abençoaram e o
financiaram.
Do outro lado da
co-responsabilidade na falência do Município, o dito partido socialista esfrega
as mãos pelo chuto e pelo banquete de porrada política nos próximos nove meses,
quando nos últimos três anos foi uma importante muleta de Macário. É a
estratégia do rotativismo, que o povo paga.
Macário faz as malas, não deixa
obra feita, atacou os cidadãos e o comércio com os parquímetros, matou a
cegonha e perdeu com os bombeiros. Quando lhe deram os milhões emprestados para
tapar parte dos buracos das finanças da autarquia, destapam o dele.
Com a guerreia autárquica a
aquecer, as duas principais centrais do dilúvio fervem as caldeiras para
destilarem os candidatos. Estão as duas em pé de igualdade. Sem nomes, mas
preparadas para fazerem subir a parada, quase de certeza recorrendo a gente de
fora e provando as suas capacidades internas concelhias de produzirem gente com
crédito.
Luis Alexandre
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