Publicado em 24.04.2015
O
Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil – SPAC - decretou greve para os
vôos da TAP e da Portugália nos próximos dias 1 a 10 de Maio.
Fê-lo
com o expresso objectivo de conseguir que, no processo de privatização
que o governo de traição nacional Coelho/Portas está a procurar consumar
a todo o custo, o mesmo governo garanta aos pilotos uma percentagem do
capital da Companhia.
A
privatização da TAP significará inapelavelmente a destruição da TAP e o
privar Portugal da sua principal empresa exportadora e, mais do que
isso, de um dos seus activos estratégicos absolutamente essenciais. E o
facto de um governo que sabe perfeitamente estar com os pés para a cova e
a escassos meses de ser corrido estar a procurar impôr o facto
consumado dessa privatização só pode ter por explicação que, uma vez
arquivados os processos criminais dos submarinos e das respectivas
contrapartidas, esta é a “janela de oportunidade” que se abre para a
nova negociata dos traidores à Pátria e para as chorudas comissões que
ela representa e que estes Migueís de Vasconcelos querem
desesperadamente abocanhar.
Ora,
exactamente numa altura em que os democratas e patriotas procuram unir
forças e desenvolver esforços para impedir este verdadeiro crime de
lesa-Pátria que é a privatização, os pilotos da TAP vêm fazer greve para
exigir terem uma fatia dessa mesma privatização. A qual é, assim, uma
coisa boa desde que possam ter uma parcela dela. Ou seja, os pilotos
estão a servir-se da greve para adquirir uma parte do capital da
Companhia, mostrando claramente que esta é, na verdade, uma greve de
candidatos a capitalistas para a aquisição de posições capitalistas.
Uma tal greve não pode deixar de merecer o firme repúdio não apenas de todos os restantes trabalhadores da TAP, antes de mais dos operários da Empresa, com a Manutenção à cabeça, bem como dos Tripulantes de Cabine e das suas organizações.
Uma tal greve não pode deixar de merecer o firme repúdio não apenas de todos os restantes trabalhadores da TAP, antes de mais dos operários da Empresa, com a Manutenção à cabeça, bem como dos Tripulantes de Cabine e das suas organizações.
Mas
também, e sem tibiezas nem hesitações de qualquer ordem, de todos os
democratas e patriotas que justamente têm lutado e continuarão a lutar
contra a privatização.
Esta
greve dos pilotos da TAP trata-se, em suma, de uma jogada que nada tem
que ver com os interesses quer do conjunto dos trabalhadores da TAP quer
do Povo Português, e que deve por isso ser vivamente denunciada e
combatida!
António Garcia Pereira
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